terça-feira, 10 de abril de 2012


[…]Entre quatro paredes, eu olho para os lados implorando por ajuda. As minhas costas sentem o frio do mármore, e de repente eu perco o chão. Eu continuo chamando por alguém, sem nem mesmo perceber. Eu grito cada vez mais alto, e a cada vez mais ninguém parece me escutar. Afinal, quem eu estou chamando? Em um último momento, meu cérebro parece voltar a funcionar, e eu escuto a minha própria voz chamando por você. Você, sempre você. O problema nada tem a ver contigo, mas tu serias a solução. E como se você pudesse me ouvir, eu começo a falar. Você já teve a impressão de que ninguém no mundo se preocupava com você? Você já sentiu como se fosse desaparecer? Tantas mil perguntas, e nenhuma resposta. A gritaria se transforma em um som tão baixo que eu mesma mal me escuto, como se você estivesse a minha frente, sussurro em seu ouvido: você sente a minha falta? […] Ana F

Nenhum comentário:

Postar um comentário