quarta-feira, 23 de novembro de 2011

— Alô?

— Oi.
— Você tá bem?
— Hum… E você?
— Também não.
— É… Não quero ser grossa, mas… Ligou pra que? 
— Você já está sendo grossa, mas… Tudo bem. Liguei pra ouvir sua voz.
— Acho que você já ouviu então… 
— NÃO DESLIGA.
— Que é que você quer? Acabar com o que restou de mim? Pois bem, sou toda ouvidos. Afinal, não basta tudo que me fez, tem que ficar me ligando com desculpas esfarrapadas.
— Eu… Queria… É, bem… Eu queria…. Queria… É…
— Sim?
— Eu queria… pedir… Desculpas.
— Não acho que isso vá resolver as coisas, mas o.k. Tá desculpado. 
— Você acha que um dia as coisas podem voltar a ser como antes?
— Não.
— E por que você acha isso?
— Por que eu não serei mais como antes. A gente aprende com os erros. E você foi um deles. 
— Alguma chance… Da gente… Voltar?
— Não. 
— Mas, eu amo você. — …
— Eu não consigo passar um dia desde que terminamos sem pensar em você. Eu não consigo ficar um dia sem te ligar nem que seja pra ouvir sua voz. Eu não consigo viver sabendo que feri você, que talvez eu nunca mais a tenha. Eu sei que sou um idiota, que sou o culpado por tudo isso, mas você precisa entender. Eu não queria, eu não sabia que tudo acabaria assim. Eu… Eu realmente sinto muito. (Lágrimas, mais lágrimas, o som de uma respiração descompassadaEu amo você, o suficiente pra saber que viver sem você seria a pior das torturas.
— (Lágrimas, mais lágrimas… Um soluço. Um suspiro) Eu também amo você.
— Então…
— Mas isso, você não pode concertar. Acabou. Você realmente me machucou, o que nós tínhamos era como um cristal, você o quebrou e mesmo que o cole, jamais será o mesmo. Suas palavras, suas juras de amor… Suas promessas, eram apenas areia. Que quando eu peneirei não sobrou nada além do vazio que elas representavam. Acabou… Eu perdi tudo por você, eu abri mão do meu orgulho. Eu dediquei a nós dois mais tempo do que dedicava a mim, eu fiz o possível e o impossível por você. E tudo que ganhei em troca foi isso, ser trocada por uma noite na balada. Você acha realmente que eu tenho tão pouca auto-estima assim? Não… Não existe mais nós, você se certificou disso. 
— Mas eu amo você.
— Amor não é, e infelizmente nunca será, motivo suficiente forte para duas pessoas ficarem juntas.
— (Lágrimas, dor)
— Adeus.  (Ele desligou. Ela jogou o telefone contra a parede. Ambos, choraram. Amor, amor, amor… Que lhes trouxe além de dor?— Luiz Kaique, LK.

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